Pagar R$7,00 (sete reais) por litro de gasolina tem doído no seu bolso?
O preço da gasolina comum já ultrapassou R$ 7 no Rio Grande do Sul e chegou a R$ 6,99 o litro no Acre na semana passada, segundo a pesquisa semanal da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Mas será que o culpado de tudo isso é o ICMS – Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços?
Como é realizada a cobrança do ICMS e do PIS e COFINS na composição do preço da gasolina?
O que o Tributarista pode fazer em relação a isso?
No blog de hoje, você vai entender em palavras simples e sem complicações sobre a notícia do momento: Bolsonaro aciona STF para mudar tributação sobre combustíveis.
Pegue um cafezinho, relaxe e leia este conteúdo.
Como é a cobrança do ICMS na formação do preço da gasolina?
As alíquotas do ICMS para os combustíveis oscilam de 25% a 34% para a gasolina, de 12% a 25% para o diesel e de 12% a 30% para o etanol. De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), temos as seguintes cargas tributárias totais ao consumidor final, em nosso país: gasolina, com 61,95%; álcool (etanol), com 29,48%; e diesel, com 42,18%.
Leita está matéria completa através do link: https://ibpt.com.br/alta-tributacao-sobre-combustiveis-uma-trava-no-desenvolvimento-do-pais/
O cálculo do ICMS, estadual, é mais complexo. O imposto não tem valor fixo; ele corresponde a um porcentual do preço ao consumidor. Assim, quando produto fica mais caro, o valor de ICMS a ser recolhido também aumenta, mesmo que a alíquota do imposto (%) continue a mesma.
No paraná o preço de referência é ajustado a cada 15 dias, seguindo o que é praticado no mercado, podendo subir ou descer, dependendo da média cobrada pelos postos.
Isso ocorre porque o ICMS sobre os combustíveis é cobrado na refinaria e não no consumidor final.
Neste exato momento, no mês de setembro de 2021 a alíquota de ICMS no estado do Paraná é de 29%.
O imposto é calculado por meio de um percentual sobre o preço, a alíquota. Por exemplo, em São Paulo, esse percentual é de 25%.
Por isso, se o preço sobe, o valor efetivo do imposto também aumenta, mesmo que não tenha havido nenhuma mudança na alíquota ou na metodologia de cobrança.
Como é a cobrança do PIS E COFINS na formação do preço da gasolina?
As contribuições para o PIS e a Cofins incidente sobre gasolina (exceto de aviação), óleo diesel, GLP e álcool para fins carburantes são calculados aplicando-se alíquotas diferenciadas sobre a receita bruta auferida com as vendas destes produtos pelos produtores, importadores, refinarias de petróleo e distribuidores de álcool para fins carburantes.
PIS e Cofins, de competência da União, têm valor fixo. Até o fim de fevereiro, eram cobrados R$ 0,33 a cada litro de diesel vendido pelas refinarias, independentemente do preço cobrado pela Petrobras, pelas distribuidoras ou pelos postos de combustíveis.
Como é a composição do preço da gasolina?
O preço da gasolina comum é composto por cinco itens, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis):
Preço do produtor (refinarias da Petrobras e importadores);
Preço do etanol – o combustível que chega aos postos tem 73% de gasolina A e 27% de etanol;
Tributos federais – PIS, Cofins e Cide;
Imposto estadual – ICMS; Distribuição, transporte e revenda.
Entenda na prática como funciona essa sistemática através deste vídeo realizado pela nossa Ceo, Dra. Letícia Amaral acerca do ICMS sobre combustíveis e seus impactos a tributaristas, empresas do setor e consumidores.
Bolsonaro aciona STF para mudar tributação sobre combustíveis.
O presidente Jair Bolsonaro, que culpa os estados e sua tributação em ICMS pela alta do preço dos combustíveis no Brasil, ajuizou no dia 03/09 de 2021 uma ação direta de inconstitucionalidade por omissão com o objetivo de obrigar o Congresso Nacional a legislar sobre o tema.
A petição, assinada também pelo advogado-geral da União, Bruno Bianco Leal, é baseada no fato de o Poder Legislativo ainda não ter encontrado uma fórmula satisfatória para transformar o ICMS-combustíveis em uma exação monofásica.
A mudança normativa sobre o ICMS sobre combustíveis foi feita pela Emenda Constitucional 33/2001, que conferiu ao legislador complementar definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade.
Assim, a ação pede para o Supremo Tribunal Federal declarar a mora legislativa do Congresso em editar a norma regula a cobrança monofásica de ICMS em combustíveis (prevista no artigo 155, parágrafo 2º, inciso XII, alínea “h” da Constituição).
E também que fixe prazo razoável para a edição dessa lei complementar, incluindo que ela obrigatoriamente observe os princípios federativo e da uniformidade de alíquotas de ICMS-combustíveis.
A proposta define os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o ICMS incidirá uma única vez, estipulando que as alíquotas poderão ser diferenciadas por produto, mas deverão ser uniformes em todo o território nacional, sendo exigível por unidade de medida adotada.
Em artigo publicado na ConJur, a advogada Fernanda Lains Higashino define o PLP 16/2021 como uma “pequena tábua de salvação para o Judiciário”. Ao reduzir a complexidade da tributação , teria o potencial também de diminuir fraudes e judicialização do tema.
Já para o advogado Angelo Pitmbo, também em artigo, o projeto atinge as desejadas simplificação e transparência constantes em todos os projetos de reforma tributária e colabora para uma melhor política de preços dos combustíveis, permitindo planejamento orçamentário.
“Embora a proposição esteja tramitando na Câmara dos Deputados em regime de urgência, as vicissitudes do atual modelo são tão graves que tornaram necessária a formulação da presente medida judicial”, diz a petição encaminhada ao Supremo.
A ação pede a concessão de cautelar, justificada pela urgência causada pelo impacto da omissão legislativa na política energética e a política de defesa do consumidor.
Leia a notícia na íntegra através do link abaixo.
https://www.conjur.com.br/2021-set-03/bolsonaro-aciona-stf-mudar-tributacao-combustiveis
O que um Tributarista faz em relação a isso?
O primeiro passo para um Tributarista é acompanhar as notícias. É ter interesse e saber as fontes certas que você pode confiar que traz um conteúdo atualizado e de muito valor agregado.
Como o nosso site da Amaral Yazbek Advogados, que semanalmente faz um compilado das notícias mais importantes sobre a esfera jurídica e administrativa tributária.
Clique neste link para conhecer: https://ayadvogados.com.br/retrospecto-tributario-de-03-09-2021-ate-dia-10-09-2021/
O segundo passo é você estudar as notícias e entender as coisas. Lendo e entendendo você vai criar um hábito de estar atento e ligado para levar soluções para os seus clientes.
Agora, se você está lendo até aqui, provavelmente é um Tributarista que procura sempre lapidar o seu conhecimento, suas habilidades e aprender o que fazer em situações como essa.
Situações em que você se sente sozinho em meio as adversidades da vida, naquela prospecção que falhou, um cliente que não assinou o contrato e o preço da gasolina chegando a R$7,00.
Você pode pesquisar no google agora como resolver essas situações, e ele vai te dar a resposta. Se é correta, ou não já são outros 500.
Mas que tal você aprender com os maiores Tributaristas do país, e sair da teoria e colocar em prática conhecimentos que vão agregar valor à sua carreira tributaria?
Cases de sucesso que geraram valor para as grandes, médias e pequenas empresas durante este ano e que você pode aplicar na sua realidade.
Venha então garantir sua vaga para a 4 edição da Maratona de Tributação e Inteligência de Negócios, o evento mais disruptivo da área tributária no formato presencial com transmissão ao vivo que ocorrerá nos dias 05 a 07 de novembro deste ano.
Clique no botão abaixo e garanta o seu lugar no evento!
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/economia/como-e-cobrado-icms-do-combustivel/
Veja mais em https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2021/08/28/composicao-preco-gasolina-imposto-icms.htm?cmpid=copiaecola
Nao, o culpado sou eu, olha o ICMS, ta um absurdo.